sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

talvez.


E como se tudo fosse seu cúmplice, como quando alguém me diz alguma coisa, e por um breve momento, eu esqueço de mim, esqueço onde estou e o que estou fazendo, porque aquelas palavras são exatamente as palavras que você usava, e meu bobo e frágil coração sente esperança que essas palavras tenham saído dos seus lábios, só que uma hora eu volto a realidade, e na realidade as palavras foram as mesmas, mas não vieram de você.
É incrivel como depois de tanto tempo você ainda consegue fazer meu mundo parar, ainda consegue me deixar sem ar sem nem ao menos me tocar. Talvez o problema não seja você, talvez eu queira que o problema seja aquele casal que insiste em fazer demonstrações de amor na minha frente, ou aquele filme, ou até mesmo as pessoas que insistem em me perguntar em como eu me sinto quando o assunto é você, talvez o problema seja o meu amigo que tem o seu cheiro, ou aquela música que devia ser excluida do universo, ou sou só eu querendo me enganar, querendo que tudo seja o culpado por não ter aqui, querendo apenas não ser tão vulneravel.
Isso é só saudade, ou vontade de querer que aquele momento parasse, porque eu estaria com o calor do teu corpo, e assim guardaria aquele seu típico e encatador sorriso que tinha um enorme poder sobre mim pra sempre. Mesmo sendo mais uma daquelas tardes em que tudo que queriamos era que chuva chegasse, pra poder ali escrever mais uma página no livro, no livro da vida, no livro do amor, em que até então você era o meu protagonista. Antes tudo o que queria era estar na chuva com você, e agora a chuva parece ser tão torturante.
Diante de toda a situação, sabendo que tudo isso foi em algum dia do ano passado, eu me vejo aqui perdida, e coberta de saudade, talvez não de você, talvez só seja saudade de tudo o que você me fazia sentir.